O chamado
Oscilo entre o receio e a coragem que me inquieta neste estado calado e em trânsito, diante do flerte e da iminente criação de quem sou com o mundo; como um caminho que se abre, mas se afunila, que me encanta e me amedronta na vertigem do que me suga.
Ando com os pés firmes consoante a provocação aceita; trago em mim mil tramas inclinadas à dúvida irrefletida que, quieta na superfície, no seu suporte vibra, tal qual a luz que passeia o seu rosto e te mostra e te esconde. Nessa distinção, meus passos se reorientam e, neste instante, hesita.
E, aqui, na sua frente, já calado e entregue, olho por esta fresta como prenúncio do orgasmo ou algum resquício do que foi esquecido na ação resoluta de fé. Animo a paisagem que é pequena, mas total, como um vale de esperanças e seus infinitos destinos.
Abro a janela e quem sou naquilo que conjuga o mundo.