Leveza da Consciência

Na vastidão do tempo, pulsa uma memória ancestral,

tecida em lágrimas, suor e resistência.

Carregamos no peito a força de um povo,

cujo grito, abafado por séculos,

nunca deixou de ecoar.

Consciência negra é o despertar para o invisível,

para o que foi silenciado,

mas nunca esquecido.

É olhar para a história e enxergar o reflexo

de vozes apagadas,

de vidas marcadas por correntes

que ainda arrastam seu som nos dias de hoje.

O racismo não é apenas um ato ou palavra,

é uma estrutura,

um peso que desequilibra a balança,

um muro invisível que separa.

Para construir entendimento,

é preciso coragem de olhar além da superfície,

desconstruir narrativas que oprimem,

reaprender o significado de igualdade.

É preciso que o coração se abra

ao que a mente hesita em aceitar:

a diversidade não nos separa,

ela nos enriquece.

Que o respeito seja o solo onde plantamos o futuro.

Que a empatia seja o sol que aquece nossa jornada.

E que a consciência negra não seja um dia,

mas uma eterna vigília,

um lembrete de que a liberdade só é verdadeira

quando abraça a todos.

No fim, não há "eles" ou "nós".

Há apenas humanidade,

e o sonho de um mundo

onde todos possamos respirar

com a mesma leveza.