Caminho dos ventos
O que posso dizer da vida? E da morte que ainda nunca me esqueço? E que um dia virá, assim reconheço. Há morte em vida, e outras que é somente morte. O que reflito eu deste mundo e que pouco conheço? Numa semente germinada, o lindo encantado jardim, o primeiro fruto, o primeiro tempo de um magnífico ato, ao infinito espaço, um grande segredo que tudo estrutura, o dom da vida, a cor da arte, no indescritível trono o amor. Em letras escritas e nas palavras não ditas, em tantas outras ocultadas, daquelas que percebemos o sentido, algumas outras que passam sem aviso. Eu tenho tanto para pensar nesta vida, o primeiro fruto, o primeiro tempo, ato exato, o primeiro formoso jardim tão belo encantado, totalmente inimaginável, segredos ainda não revelados, certamente combinados, ditados, escondidos, alguns são notados no canto da letra, na luz claramente objetiva, tocando cristais, liberando raios luminosos em todas direções, tanto no norte, quanto no sul, do leste ao oeste, num ponto central, no lugar que conheço, nem por isto me esqueço. Quem sabe um dia, uma nova luz, caminho dos ventos, outro despertar, precioso andar, intenso pensar, demorado esperar, porém, a certeza da vitória, poder conquistar.