O último ato da mentira...
As pessoas falam mentiras deliberadamente, assim de forma tão fácil, como se estivessem dizendo um bom dia, boa tarde, boa noite. E a gente acaba nem percebendo a quantidade delas em uma conversa banal, corriqueira. Na simplicidade, na credibilidade que temos e damos ao autor dessas mentiras, quando se vê, já se vestiu de verdade. Mas assim como todo personagem, a mentira não pode viver sempre de mentira, é aí que se descobre que até para mentir, atuou. Nem toda história é ficção, nem todo personagem consegue atuar tão bem, nem toda a mentira ficará escondida por detrás das cortinas, uma hora as máscaras caem, as luzes se apagam, e tudo que a mentira terá serão só as suas mentiras disfarçadas de verdades. Em um ato derradeiro, ela cai por terra, então se poderá enxergá-la de fato. E a gente se pergunta: "Por quê?" "Pra quê?" Não temos respostas ou não acreditaríamos nelas por estar descrente, por ela ter perdido o crédito. E nós, a admiração e confiança.
A mentira é como o pássaro, se permitido, fará ninho na nossa cabeça. Ele pode até pousar, mas jamais o deixe fazer morada.