Viagem psicodélica

O silêncio é tão viciante,

Pena que tem data de validade.

Em plena manhã –

A chuva emoldurando a alegria dos pássaros,

Enquanto, na essência,

Reverberava as sensações de sonhos.

Os pensamentos divagando livres,

Nas tentativas de decifra-los,

Ledo engano.

Acredito que viver na Terra,

Já seja uma grande aventura.

Para alguns, a verdadeira loucura,

De uma viagem psicodélica -

Sem sabermos para onde ir,

Qual é a direção?

Posso volitar por entre dimensões,

Percorrer as entrelinhas dos espaços paralelos -

Fortalecendo com a ancestralidade, os elos.

Ninguém sabe o prazer inigualável de se está sozinha,

A solitude em seu total esplendor.

Com a Natureza e seu retoque especial,

A reação, senão, gratidão.

Por toda expectativa, culminando o poder,

A sintonia de seus sons ao tocar os telhados.

O canto dos passarinhos, a sinergia,

Revigorando a alma -

Transmutação da sinestesia.

A música antes tocada no aplicativo,

Esta cedeu passagem ao natural.

A orquestra da Natureza exercendo o espetáculo,

Enquanto, quieta, toda ouvidos.

Para usufruir de cada nota,

Ouvir o mínimo solfejo -

Com a vibração repercutindo no coração.

Não há som mais reconfortante,

Quando cessamos para desfrutar do silêncio.

E redescobrirmos o que a Grande Mãe tem a nos oferecer.

Pena que todos, ou a grande maioria, estão envolvidos em correrias diárias,

Sem sequer dar o valor ao que pode ser finito.

Por isso, emano a Luz e o brilho,

Enaltecendo a harmonia e o compasso,

Tudo à contento -

Em seu devido tempo.

É importante desacelerar,

Diminuir o ritmo.

Redescobrindo o que há de mais perfeito,

Ao nosso redor:

A Natureza!

Independente do caos que nos ameaça,

A qualquer momento.

Gratidão!

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 13/11/2024
Reeditado em 15/11/2024
Código do texto: T8196028
Classificação de conteúdo: seguro
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