Preto e vermelho,
sob o sol do deserto,
eu vejo você—esperando,
me aproximando da verdade
que ferve em seus olhos,
um mistério suspenso,
um calor que só nós entendemos.
No silêncio que grita emtre
nossos olhos, são os momentos
que conhecemos,
traçados em sombras e sorrisos,
como ecos através do tempo,
partindo e retornando,
sempre circulando de volta,
como mariposas atraídas pela chama.
Aqui estamos,
olhos famintos, buscando reconhecimento um do outro
sempre haverá a dor do desejo,
da emoção de um primeiro toque,
ainda familiar como mil vidas,
como se tivéssemos segurando esses fragmentos,
esses sussurros,
por eras.
Nenhuma força no universo
poderia arrancar isso—
essa atração, essa amarra,
Tempo após tempo,
vida após vida,
uma dança que somente os verdadeiros amantes poderiam conhecer,
um ritmo antigo,
só nosso.