Senta ao lado de minha alma...
Senta ao lado de minha alma... me deixa fechar os olhos para que eu possa sentir tua presença... para que se dissipem as poeiras dos lábios que aprenderam a mastigar solidões... Vem, toca minha mão com os teus dedos, para que o calor de teu sangue me acorde o espírito cansado e em sinais de desistência... Fecho os olhos e a tristeza da melodia ressuscita desertos de areias calcitantes e quentes que meus pés pisam como caminhassem sonhos... As palavras suscitam um leve tremor no coração: peço que sente ao lado de minha alma, liberte-me dessa cortina de vazios que me isola do mundo... e de ti... me deixa fechar os olhos para que eu possa sentir tua presença... para que se dissipem as poeiras dos lábios...