ACONTECER
Desde quando nunca nos vimos, te amo, sem nenhuma restrição ou pudor. Te amei em sonhos, e hoje morro de deleites em noites solitárias, porque existes e vieste amazona e devassa, lânguida e guerreira, para que em febre de paixão sangre o mastro de tanto te querer, minha putinha, minha putinha única e despudorada, que exploro em delírios como o vampiro apalpando a vítima. Te Amo, louco e sôfrego de uma macheza viril e conspurcadora do teu corpo de arte sagrada, que me avoluma o sexo tarado do que você oferta como a joia gelatinosa das ancas, deliciosa como um mergulho no pólen das flores inebriantes, quando perfume do verão é o desejo desenfreado por teus quadris de amante safada, minuciosamente desenhada para o cio. Quero-te cada vez mais puta e purificada de tanto se entregar ao meu amor, pois só de ver tua nudez refletida, o luar se faça um pássaro de bendições, pois da tua carne anjos ajoelham engasgados de paixões inconfessáveis, e os lobos deitam aos teus pés para que tua densidade de fêmea ensine às feras quanto o imortal é humilde, quando tua doçura vem das rainhas que nuas, mostram das águas o que é nobreza, minha esposa tecida no brilho de uma estrela que gesta divinações, que te receberei na igreja dos amores sem limite, porque se na cama quero tua boca moldando o cetro do meu poder, frente ao mundo preciso cantar a gĺoria da tua realização, porque estamos no Tempo de ser Mulher na mesa das Decisões, quando o Acontecer é fêmeo