RESPOSTAS DA NATUREZA

     O vento batia incessantemente nos ramos das árvores. Seus frágeis galhos iam quebrando-se e voando, carregados pelos ventos,  para destino incerto.
     O canto do vento era como um grande lamento, cada vez mais forte.
     Os ´pássaros perdiam seus ninhos, que despencavam das árvores com o saculejar das folhas e galhos. A nada  aquele vento de mais de oitenta quilômetros perdoava, não tinha remorsos. 
     Dava  certo medo sair de casa e ver o acontecimento. Apesar disso, saí na varanda, e podia-se ouvir o barulho forte das ondas do mar, agitadas, batendo quase na estrada, enchendo tudo de areia.
     Pareciam ondas raivosas que acompanhavam com o vento um protesto da Natureza.
     Ao anoitecer a luz foi cortada por algum acidente na Central de Energia, ou algum outro acidente de grande proporção.
     Coom todo o escurecer, nuvens cinzas escursas, pareciam  correr no céu.
Quanto mais forte o vento, já parecia uma  orquestra  ritmada de ruídos amedrontadores com o vento, o mar os galhos das árvores, que aborrecidas, retorciam-se quase no chão.
     Nenhuma luz aparente, nenhum carro na rua, talvez outras pessoas estivessem como eu, olhando com certo receio, o lamento da Natureza pedindo socorro pela sua devastação. E para mostrar sua importância, de nada se apiedava. Derrubava o que via pela frente, auxiliada pelas ondas do mar.
    
naja
Enviado por naja em 16/01/2008
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