Brio

No fundo, eu queria o dulçor pulsante de um chocolate ao leite, que abraça e queima a garganta. Eu procurava as grandes explosões gloriosas e invisíveis.

Eu procurava as 17 horas douradas de verão latino-americano,

solos doces de flauta, escondidos em movimentos menos importantes de concertos dominicais.

Acho que naquele dia, o sabor da primeira garfada com fome de arroz e feijão,

com uma pitada de cochilo pós-banho de mar,

a catarse de uma piada suja dita em voz alta na companhia de amigos gargalhantes,

talvez eu gritasse por pequenas grandes coisas,

aquelas que me roubavam brilho nos olhos e BRIO.