Lá se vão os anônimos

Lá se vão os anônimos,

Aqueles que não têm nenhuma história,

ou sequer tentaram construir alguma.

Lá se vão os desconhecidos,

contrários passos de um fato consumado,

depósitos de qualquer ordem, lá se vão...

E como se não soubesse, nem esperasse,

Verto o que alguém um dia chamou de lágrimas,

Nem públicas e muito menos póstumas.,

E lá se vão os que não sabem nada...

Mesmo que não me queixe,

Ou que não me deixe ao léu,

Sinto-me agora como aqueles pássaros desprovidos de asas,

Se lá fora há um céu que desconheço,

Aqui dentro há um eu que esqueço,

Ao meu redor, há um nada...