Raízes de Resistência

Pelas veias do Brasil, corre um sangue ancestral,

De reis e rainhas, de um povo imortal.

Herança africana, tão rica, tão vasta,

Guardada em silêncio, onde a história se arrasta.

Sob o peso das correntes, trouxe saber e canção,

Plantou suas raízes em solo de opressão.

Mas os tambores não cessam, o ritmo persiste,

Nas favelas, nas rodas, onde o povo resiste.

Valorizá-la é luta, é ato de amor,

É reconhecer a cor, o sofrimento e o clamor.

É dar voz aos esquecidos, é erguer seus altares,

Tecer novos caminhos, que rompam os mares.

Por entre a poeira das ruas e o aço das cidades,

Ecoam memórias de antigas verdades.

Candomblé, capoeira, samba e maracatu,

São almas vivas, clamor que reluz.

Mas o caminho é difícil, há muralhas e espinhos,

Na terra que acolhe, nem sempre há carinho.

É preciso coragem para dar esse passo,

Unir as mãos fortes, formar novo espaço.

Que um dia a herança seja brilho e valor,

Que o esse povo se veja em respeito e amor.

Pois nas cores do povo, no sangue miscigenado,

O Brasil encontra seu lar sagrado.

Que se erga em beleza, com orgulho e fé,

Reconhecendo na luta a força que é.

SAMARA DOS SANTOS
Enviado por SAMARA DOS SANTOS em 04/11/2024
Reeditado em 04/11/2024
Código do texto: T8189347
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