Saudades dos tempos que o Ser Humano pensava

Saudades tenho

se vou ou se venho

eu tenho e muita

muita saudade das pessoas

que sorriam e eram aptas

a serem inteligentes,

muita gente:

se foi muita boa gente.

Escreviam com capacidade

com veracidade

fantasias e verdades.

Saudades de ouvi-las

de vê-las

saudades de sentir as emoções

contidas dentro do coração

e da mente fértil.

Como era bom saber que a cada passo

nos jornais, nas revistas, na TV

existiam seres puramente intelectuais

joviais, plenos, humanos.

Eram poetas, escritores, pintores,

construtores de vidas

a beleza de escutar cada sílaba,

cada frase, era uma aula magna.

Saudades da inteligência, da cultura, do culto ao belo.

Ao sentimento mais nobre, mais singelo.

Humanos que nos provocavam a pensar, a refletir, a louvar

o que há de mais autêntico na vida: a inteligência livre,

a inteligência plena.

Canetas nas mãos e humanidade aforada, revolucionária

construindo pontes e laços

destruindo muros e osculando abraços;

canetas nas mãos e coração aberto

produzindo o eterno e o certo,

oriundo da capacidade humanística.

Saudades dos tempos em que o Ser Humano Pensava.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 02/11/2024
Reeditado em 02/11/2024
Código do texto: T8187668
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