O Anti-herói
Eu sou um daqueles cavalos na corrida em que não se deve apostar.
Entendo que nossos cérebros foram programados para nos convencer de que somos importantes, que temos um lugar na história, mas a verdade é que nossa relevância nunca estará nas páginas dos livros, pelo menos para a grande maioria.
Nós somos como uma das mil tentativas em que a lâmpada não se acende para Thomas Edison.
Nós somos aqueles que não conseguem puxar a espada da pedra.
Não somos a luz acesa, nem o herói que unifica o reino.
Isso não quer dizer que não sejamos importantes, mas nosso papel na narrativa é outro: somos aqueles que se esforçam para fazer algo significativo para nós mesmos, mesmo quando o fracasso nos escapa de vez em quando.
Aceitar isso não significa que somos insignificantes, apenas reconhecemos que ainda estamos aqui, construindo um espaço nosso.
Nós somos importantes em nossa própria irrelevância.