SEM GRAÇA

Nos tempos que o jornal tinha graça. As crianças atravessavam a praça sem assombro.

Iria me debruçar outra vez no teu ombro.

Sem receio depositar em ti meu amor.

Dedicar um verso a ti,

Nem sei os motivos. Buscar no dicionário os mais belos adjetivos.

Tu te vestistes de santa bem na hora do pecado. Estaria acabado, por mim, tudo que a muito custo foi feito.

Maculaste os ritos sagrados, os preceitos. Não que me visse sem defeitos.

E hoje me sinto assim

Carta fora do baralho

Uma matéria de pasquim.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 26/10/2024
Reeditado em 26/10/2024
Código do texto: T8182453
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