Correr atrás do vento
Através das palavras nem sempre conseguimos descrever quem de fato somos ou como as coisas de fato são, apenas falamos porque criamos uma ideia de como queríamos ser ou de como achamos que são as coisas. Noutro momento as ideias presentes e passadas não serão nenhuma verdade absoluta, mas apenas um contínuo processo de construção de ideias mais simples e praticáveis. Infelizmente para chegarmos ao simples temos que encarar o complexo, pois o simples do ponto de vista de um iniciante buscador é pouco atrativo para sua fase. Então vamos crescendo, buscando, nos afundando e enlouquecendo nas ideias complexas, teóricas e impraticável. Corremos incansavelmente atrás do vento e não conseguimos alcança-lo, nem vê-lo, nem toca-lo, mas continuamos a idealizar o imprevisível com toda a lógica que seja compatível com a razão que queremos possuir. Porém um dia o cansaço nos alcançará antes que alcancemos o vento e não poderemos mais buscá-lo. Então nos sentaremos em um determinado lugar, numa quietude profunda devido o cansaço e sem pretensão de nada buscar seremos achados pelo qual é superior ao que sempre procuramos. O vento nos tocará trazendo consigo uma mensagem que palavras não podem descrever, que a lógica não sabe articular e que a razão simplesmente ganha proporções as quais não podemos calcular. O vento do Espírito mostrará em sua própria linguagem a verdade de uma forma mais simples e praticável, a verdade, qual antes não poderíamos compreender, pois o que antes buscávamos era fruto do ego e o que o vento do Espírito nos traz é fruto do Espírito.
Edson Monteiro