Vivendo só
Em meio a multidão de um mundo vazio,
A solidão cheia de gente, me devora.
Percebo que vivo só!
Sob um buraco escuro e gélido, busco a luz dos vagalumes
Que ainda sobrevivem em meu peito
Como quem não se permite morrer assim tão só
Ainda que também não possa viver, respira.
Sob o sol escaldante do Sertão,
A escuridão dos vagalumes me sufocam.
Hoje as luzes quase apagadas,
Se confundem com o sol do meio dia.
Sorrisos, choro, lágrimas e gargalhadas
Tudo meio junto e totalmente disforme
Nessa escuridão de luzes e sol do meio dia.
Não sei se o amor me devora,
Ou devora o amor o meu ser.
Tem dias, não, meses. Ah... acho que anos!
É isso. Tem anos que o amor me devora, e sou devoradora do amor.
Com toda luz que o meu sol me queima,
Com cada acender e apagar do vagalumear.
Entre a multidão e o vazio das companhias vãs
Tudo continua assim, absurdamente... doloridamente... escandalosamente... SÓ!