Vivendo só

Em meio a multidão de um mundo vazio,

A solidão cheia de gente, me devora.

Percebo que vivo só!

Sob um buraco escuro e gélido, busco a luz dos vagalumes

Que ainda sobrevivem em meu peito

Como quem não se permite morrer assim tão só

Ainda que também não possa viver, respira.

Sob o sol escaldante do Sertão,

A escuridão dos vagalumes me sufocam.

Hoje as luzes quase apagadas,

Se confundem com o sol do meio dia.

Sorrisos, choro, lágrimas e gargalhadas

Tudo meio junto e totalmente disforme

Nessa escuridão de luzes e sol do meio dia.

Não sei se o amor me devora,

Ou devora o amor o meu ser.

Tem dias, não, meses. Ah... acho que anos!

É isso. Tem anos que o amor me devora, e sou devoradora do amor.

Com toda luz que o meu sol me queima,

Com cada acender e apagar do vagalumear.

Entre a multidão e o vazio das companhias vãs

Tudo continua assim, absurdamente... doloridamente... escandalosamente... SÓ!

Flor de Cactos
Enviado por Flor de Cactos em 25/10/2024
Código do texto: T8181775
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