Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual 52
O propósito e o ideal.
A artista, e a obra.
A que serve, e a que é servida.
Não trago uma religião, uma teoria psicológica, um organograma, uma anatomia de um ser, pronto e acabado de quem eu resulto, para o leitor me analisar, e ter como modelo.
De uma alma que quer convencer a todos de que tenha "chegado lá".
Se assim eu procedesse, me portaria como que do nível de um homem mediano, ao medíocre, jogando sal em carne podre..
Hoje, fake New é a moda. Qualquer alma bem formada estaria por refugar o que escrevo, caso viesse ser convencida pelo entendimento de que quero sublimar a realidade interna para vender sonhos e quimeras de um novo mundo, como fuga do estado infernal deste.
A essência das confissões que externo, é do mais puro da inspiração que me toma para escrita.
Daqui do santuário, ambiente que crio em Deus, faço é não narrar uma estória qualquer, fictícia e corriqueira dum mortal.
Trago meu próprio Ser a público, o propósito e o ideal aos olhos dos leitores.
Quero deixar translúcido como me movimento naquilo de mais enlevo que vivo.
A escrita.
Ao escrever, sou no ideal.
Deixarei as entranhas do meu ser impressas em livros.
Sei que ficará muitas pontas de fora, que terceiros perscrutam, que eventualmente será passível de interpretações externas.
Mas estas que vivo, que trago para fora aqui, neste confessionário, são do mais profundo do meu ser.
A perfeição da arte, o belo que dela irradia, contrapõe e escapa à exatidão das formas que a monta, ou do conteúdo preenchidor de seu campo. Vem para fora quando o olho da Alma vê.
Quem tem olhos veja, quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz... não é assim que diz a Bíblia? um dos livros sagrados da humanidade?
O belo é.
Por mais trágica, fingidora ou dissimuladora que o olhar analítico disser que estas palavras trazidas em capítulos são, não retirará do meu ser o belo que vejo em tudo que aqui dentro fica estabelecido, para que meu ser seja, no destino, e na sina.
Sou a obra e o artista atuando nela.
Em mim, funde a doença e o processo de cura dela.
Num.
Maria Callas, cantando "Casta Diva", me representa no que digo, e sinto.