Uma Esteta por entre soleiras, aldabras e tramelas.

Na lentidão dos anos que se acumulam...

Em que se vão longe os tempos de outrora...

Tropece, de tempos em tempos...

Na soleira enviesada do passado,

Como panacéia para uma alma alvoroçada...

Acalentando seu ego sôfrego e caturro.

Ah! Como é bom recordar lembranças pretéritas!!!!

Nada obstante, sempre que possível...

Ressone as aldabras das portas dos teus vislumbres remotos...

E transforme em cálamos dúlcidos,

Os vossos bosquejos delineados...

Nas páginas amareladas de seu livro de vicissitudes...

Evitando assim, que eles se tornem imemoriais.

E, nesses amplexos saudosistas, rejuvesneça a melancolia,

Não permitindo que se fixem em vossas janelas do passado,

pesadas tramelas... garantindo, desta feita,

o acesso irrestrito ao imenso sorvedouro de saudades e lembranças...

Daqueles cenários passadistas... vivenciados e rememorados,

retirando-os, perenemente das nuvens de fantasias e do esquecimento...

Ao decodificá-los por entre figuras de linguagem, métricas e estrofes...

Além dos verdores de uma inspiração transcendente...

Apresentando ao mundo... a poesia impene...

Luarizando, por fim, o primarismo poético!

Pois, nada mais és, do que, uma "Esteta" das prosas e dos versos.

 

NOTA DO AUTOR: Interação poética com a prosa poética, intitulada "Rascunhos", de autoria da poetisa Ieda Chaves Freitas.