Homenagem a Antônio Cícero

Hoje você se foi por decisão pessoal!

Por que insistiu tanto em nos deixar?

Sei de seu sofrimento,

Doença maldita.

Esquecer de existir é o fim,

Concordo com você.

Mas assim?

Poetas não deveriam morrer,

Pois estão próximos ao Eterno.

Para mim,

Versos esquecidos,

Versos sem memória,

Versos vivos,

Sem passado

E sem futuro.

Apenas versos.

Hoje você nos deixou sem esses versos.

Suas derradeiras elevações.

Está fazendo falta,

Muita falta.

Boa viagem, poeta Antônio Cicero.

Nunca nos vimos,

Mas hoje senti sua falta.

Descobri que você estava em tantos poemas

Cantados pelo mundo afora.

Valeu!

Bem que podia ser pegadinha,

Mas hoje você partiu silenciosamente,

Sem nos avisar.

Também sei que poetas não cabem nos tribunais,

E por isso, qualquer juízo sobre sua partida

É puro devaneio sem sentido.

Poetas também cumprem uma missão:

Nos deixar em falta, quase sempre.

Você foi poeta até o fim,

Mesmo que seja melancólico.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 23/10/2024
Código do texto: T8180564
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