Da Água Gelada à Serpentina

A chuva cai lá fora; os grilos cantam, os sapos coaxam, os pingos formam poças, o vento bate forte na janela, e o amor no peito.

O espaço vazio da cama não se desfaz com o agarro ao travesseiro; o frio não se esquenta com a manta; o silêncio da noite ecoa sentimentos suspirantes.

Amanhece em meio ao frio, à chuva gelada, que respinga a saudade. O café preto, no fogão aquece.

A família brinca, eternizando o simples e valioso, que, em meio ao tempo, serão boas e velhas lembranças.

O calor da lenha aquece a serpentina. A água, sob o banho quente, demora, e deixa viva, em memórias, o prazer de um banho nu.

Fujarra
Enviado por Fujarra em 21/10/2024
Reeditado em 21/10/2024
Código do texto: T8178640
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