Real avivamento
Diante do silêncio,
Prosto-me –
Em respeito,
Ao meu Eu Superior.
De olhos fechados,
Guiando-me pela intuição.
Reconstruindo-me –
Alicerçando cada tijolo,
Um a um sem demora.
Com devoção,
À ancestralidade.
A quem fui um dia,
O que hoje me tornei.
Espelhando a gratidão,
Por cada obstáculo superado.
Também pelas quedas,
Principalmente, pelo reerguer.
Seguindo em frente,
Com o olhar fixo,
Naquilo que é importante.
Transmutando o lixo,
Em puro luxo.
Prezo a amizade,
A lealdade,
A que tenho comigo mesmo.
Sem fugir das sombras,
As que coabitam no recôndito –
Da minha alma.
Ninguém é maior,
Ou ao menos menor –
Do que os outros.
Bens na Terra –
Não os tenho.
Possuo o dom –
Presenteado pela essência.
Agradeço todos os dias,
Pois, é o que me mantém viva,
E me dá ânimo para prosseguir.
Se com as letras –
Ajudar uma única pessoa,
Terá valido –
Toda uma vida.
Acredito –
Haverá um momento oportuno,
Para tudo acontecer.
Não existe o dono da verdade,
Todos podem contribuir –
Para o efeito da evolução.
Basta se livrar das amarras,
Desfazer as guerras –
É possível criar a união.
Um sonho utópico?
Sim! Tenho a compreensão.
Seremos libertos,
Quando florescer a harmonia.
Derrubando o muro da vaidade,
A matéria guiada, luminescência.
Enterrando de vez o ego,
Exterminando o perigo.
Convivermos pacíficos,
A favor da confraternização.
Sem riscos de cair no esquecimento,
Experiência real do avivamento.
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Blog Poesia Translúcida