Memorial

Entre as brumas do tempo, vagueia uma lembrança,

Como sombra de luz em noite calma,

O vento sopra, leva folhas e danças,

Mas tua marca persiste na alma.

És como estrela que nunca se apaga,

Mesmo quando o dia se faz amanhecer,

Brilhas distante, mas sempre tão clara,

Impossível é não te ver.

Teu rastro no céu, um cometa em segredo,

Que atravessa meus sonhos, sem nunca parar,

És o eco distante de um velho enredo,

Uma canção que não deixa de soar.

E mesmo que o tempo se torne nevoeiro,

E apague memórias que a vida escreveu,

No fundo da mente, onde mora o lampejo,

Sempre haverá um espaço só teu.