Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual 49

Vivo no paradoxo. Por entre o amor e a dor.

Sofro de uma doença que não vejo cura. Uma fora, e a outra dentro. Esta que não quer sarar. Um imantado de amor por tudo que me tornei.

Assumo todas minhas fraquezas, a incompetência de não ter resolvido ainda muitas incompletude triviais.

O sentimento de amor e de dor pela vida fez de mim disciplinada, abnegada ao cumprimento do propósito, acima de qualquer obstáculo, dificuldade.

Do confronto entre a mente e eu, no campo inóspito que a doença me lançou, dependendo de um corpo físico debilitado em força e movimento para estar no mundo, revelei-me na resiliência, na vontade e na inteligência para viver nos desafios.

Nunca faltou um quê interno de abundância de vida, que facilitou no ressignificado, e a força interna para estar com a mão na massa para cumprir o propósito.

Falo das funduras, e do alto.

Aos pés da flor de ouro, m'Alma que desabrocha, a confessar junto ao Altíssimo, tendo vocês que me lêem, assistindo pelo campo intuitivo a cena.

Tive o toque do Sagrado, que permitiu passar por este ato sacrificial.

Confesso a tudo quinté canto. Meu coração é aberto a visita.

Estes instantes ficarão nos anais da história da humanidade. Tornará um livro a ser lido a quem interessar possa.

Mostrando como me sinto como gente. Mesmo que por fora, apresento-me como carro enguiçado, acerto e erro como qualquer mortal.

Contudo, trago à baila o que mais tenho de precioso, que só eu sei, o amor pela vida, revelado através da escrita.

Sinto por vezes temerosa, que tais expressões externadas possam soar vaidades humanas, ou como um proselitismo tentando convencer gente boa.

Mas não disse no capítulo anterior, que a vida não cabe ensaios?

Tenho aqui, a via da escrita, para expor ao mundo meus sentimentos mais profundos, não hesitarei assim proceder.

Meu ser encontrou esta porta para dizer ao mundo que vivo uma vida com sentido e significado.

E, afinal, de que lugar converso, dialogo com o leitor?

Sou como vento, que não se sabe de onde veio, nem para onde vai.

Daqui, junto aos pés da Flor de Ouro, no coração de m' Alma.

A paz excede qualquer palavra. É o que me traz segurança para confessar o dito.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 15/10/2024
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