Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual 48

Estou no caminho de ida.

Vida.

Que não cabe ensaios.

Minha vida, quando saboreada dentro , alimento-me de amor e de dor.

Sou uma das personagens, entre tantas almas, que Deus enviou na Terra, que participaria do processo da transição planetária, que teria uma função específica em meio aos outros, trazer à tona seu ser em palavras, e o processo depurativo que me submeto, cujo objetivo é o viver num novo tempo estabelecido por Deus.

Me entenderão.

Num realismo que traduzo em palavras, posso dizer que há um drama que terei que dar conta de absorver.

Imaginem vocês, que ao levantarem todas as manhãs, teriam que conviverem com o peso das suas pernas ao darem os passos, que os movimentos deveriam ser cautelosos, e lentos, pois que, devido a redução de força e movimento dos joelhos aos pés, a experiência vivida foi de quedas e fraturas, junto a fadiga muscular, que os membros inferiores do corpo físico que porto, sofre.

Por vezes, ao apoiar as mãos nos braços da cadeira de rodas para levantar, tenho me pego achando graça de comparar o movimento com o de um bebê levantando de onde está, que sai andando de forma insegura, quando inicia os primeiros passos na vida.

A única diferença, que faço uso das paredes, barras de apoio adaptadas em casa, e andador para locomover-me de um lugar para outro, quando saio poucos instantes da cadeira de rodas para atender necessidades da vida doméstica.

Somente pelo campo intuitivo, tem sido possível saborear o néctar do fato de que está tudo certo.

Ao fato de que, apesar de, contudo, todavia, estou no a que veio, estou a confessar ao mundo minhas conjecturas, minhas animosidades mais íntimas, aquilo que me move, o que me traz sentido e significado de mais profundo, o que faz dar sentido a todos os outros afazeres de m'alma na terra, o que me tornou única, num contexto de trabalho, Seara, e trabalhadores na Terra, comunidade Fraterna, me sentindo integrante da Comunidade Cósmica Universal, à serviço neste plano.

Quando levanto pela manhã e olho da porta de casa para fora, vejo a luz do Sol de uma forma como nunca vista.

Sinto neste instante que escrevo, no jardim de casa, que há um banquete preparado ao desperto num novo tempo, este que se inaugurou, que está sendo oferecido a todo aquele que crer, limpo de mão, e puro de coração, uma nova vida nunca experimentada.

Quando escrevo nesta dimensão, me torno Um. Nem conhecedor, nem o objeto. Um.

E saber que um dia, no coma induzido, há mais de treze anos atrás, num Centro de Terapia intensiva no Hospital, em uma das viagens Oníricas que vivi, eu, criança, sentada em um sofá branco, em um vestidinho vermelho que mamãe mandou fazer para mim, olhava para eu, adulta, doente, imóvel, deitada em minha frente. Me olhava muito brava.

Telepaticamente, dizia a mim mesma, sem palavras, somente pelo olhar, como que dizia:" saia daí, saia daí!!! . Aí, não é o seu lugar."

Era um lindo castelo, irradiava muita luz daquele lugar.

Após, me vi andando, moça, muito feliz, em uma plantação de girassóis, na parte externa do Castelo.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 13/10/2024
Código do texto: T8172415
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