Carta relato à Maria Esperança
Começo estas linhas me perguntando: Onde estará agora Maria Esperança? Aquela que sempre trouxe-me risos, alegria e bem viver. Em qual deserto caminha, em qual praia se banha, em que cama se deita. Talvez você esteja nas baladas virando noites sem fim.
Despertei na madrugada com vontade de voar em direção a lua. No peito saudade doída na falta da magia outrora existente. Caminhei pela casa, fui até a janela e olhei todas as luzes da cidade até onde minha vista alcançava. Respirei profundamente. Fui até a cozinha, fiz café e voltei à janela com uma xícara na mão.
Ouço um bater de porta e ao abrir lá frente a mim estava ela a dizer-me: Em nenhum momento eu te deixei. Foi você que por muitas vezes desistiu de mim. Mesmo assim, cá estou para lembrá-lo que tudo nesta vida foi e sempre será por amor.
No dia seguinte acordei bem disposto. Banho quente, perfume por todo o corpo e com ela ao meu lado, feliz da vida, saí.