O eterno retorno de si mesmo
A vida, esta caótica via pela qual os espíritos passam por ela em suas mais diferentes formas, há quem diga, não passa de um labirinto de mitos e absurdos que se entrelaçam na mente confusa do homem. Cada ser é o primeiro e o último de sua própria jornada em busca da essência que o libertará do jogo de luzes e sombras no qual está inserido. O eterno combate contra si mesmo é a maneira que o indivíduo tem para provar a sua força e superar o pecado ancestral que corre por cada célula do seu organismo. Um enigma que sempre antecede um conflito parece ser o fado da mente humana. E nesta jornada solitária, na qual o homem se depara com a imensidão do desconhecido, a cada passo, descortina-se um problema que, a princípio, nunca tem resposta, perguntas que surgem em meio ao seu abalo psíquico; todo fim é apenas o reinício de um novo começo. Sísifo se faz sempre presente em um novo ciclo. É o mistério, é a complexidade que desafia a compreensão do sujeito, intensificando a angústia e a incerteza de um destino que sempre retornará igualmente ao exato ponto de partida.