Do que abrimos mão para não enlouquecer?
Senhoras e senhores... meninos e meninas... respeitável público... Preparem-se para o grande espetáculo da vida moderna!
Aqui, diante de vocês, temos o incrível e enigmático truque de abrir mão de quem somos para manter a sanidade! Desde pequenos, nos ensinam a seguir o misterioso manual invisível da "normalidade". Renunciamos aos desejos mais profundos, às loucuras mais secretas, tudo em nome de... bem, quem sabe?
A Psicologia, nossa ilustre assistente de palco, nos diz que é assim que nos adaptamos, que criamos mecanismos de defesa para enfrentar o caos da existência! Sufocamos vontades, acrobatas emocionais que somos, saltando de uma convenção social a outra, para manter o equilíbrio precário sobre o fio da razão.
Mas, caros espectadores, será que estamos mesmo nos protegendo da queda ou apenas adiando o momento inevitável? Ah, a angústia existencial, essa artista que nunca abandona o show, continua lá, escondida sob o pano de fundo das rotinas e expectativas. Claro, limites são importantes, mas será que precisamos abrir mão de tanto para não perder a cabeça?
E agora, preparem-se para a grande revelação final. A maior loucura, senhores e senhoras, talvez seja abrir mão de tantas coisas justamente para não enlouquecer. Quem é mais insano: aquele que se adapta ao circo da vida ou quem se atreve a viver cada ato na corda bamba da autenticidade?
Bravo, bravíssimo!