Até que enfim !

 

 

Chuva fina, mas veio e é constante

daquelas que molha profundamente o chão

cada torrão seco desse meu sertão

que chora lágrimas no pó vermelho

quando seco tórrido da desilusão

 

chuva que o tempo trás

antes do sol a passarada satisfaz

saliente, quebra o silencio

se agita de galho em galho

canta e pia feliz demais

 

meus doguinhos encolhidos

ressonam e nem se dão por mim

mas Tom, o gato esperto, meu grude

acompanha até a sombra que faço aqui

porta a fora sai ronronando atras de mim

 

chuviscos alegram tudo, alegram o mundo

e a todos lavam, até a vontade de renascer

e Tom, como eu, ama os pingos de chuva

sacode o pelo, acompanha-me e corre

feliz com a chuva no alvorecer.

 

*

 

Obrigada pela nobreza da visita !

 

 

 

 

Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 10/10/2024
Reeditado em 12/10/2024
Código do texto: T8170375
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