"A Criança em Mim"

"A Criança em Mim"

Mesmo com o passar do tempo,

a criança que um dia fui

continua viva, pulsando dentro de mim.

O corpo pode ter envelhecido,

os olhos ganharam marcas do tempo,

e os cabelos perderam o brilho da juventude,

mas, em algum lugar, entre memórias e sonhos,

permanece aquela essência intacta.

Ela é curiosa, brincalhona, cheia de esperança.

Quando olho para o mundo, ainda encontro

aquele olhar encantado,

que vê o extraordinário no simples,

que se perde nas pequenas belezas

que a vida, generosa, insiste em deixar por aí.

É essa criança que me faz rir das coisas bobas,

que me lembra de brincar,

mesmo quando o peso das responsabilidades

tenta me arrastar para o chão.

Ela me sussurra ao ouvido que,

apesar das dificuldades,

há sempre algo a ser descoberto,

uma nova aventura à espera,

um sorriso que transforma

a mais dura realidade.

Com o tempo, aprendi que envelhecer é uma dádiva,

mas manter a criança viva dentro de mim

é um ato de coragem.

É a sabedoria de quem sabe

que o tempo não apaga o brilho do ser,

apenas o molda.

Porque a verdadeira juventude não mora na pele,

mas na alma, que ainda dança sob o céu estrelado,

que se perde no cheiro da chuva

e que não tem medo de sonhar.

E assim, enquanto houver vida,

haverá essa criança em mim, teimosa e eterna,

lembrando que a alegria mais pura

é aquela que nunca se deixa envelhecer.

In - Poesia Além do Horizonte

Direitos autorais reservados Autora/Escritora

Rô Montano___________ ✍

Rô Montano
Enviado por Rô Montano em 09/10/2024
Código do texto: T8169953
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