Até quando você buscará um "quando"?
Ainda bebê, Euclides via as pessoas ao seu redor se movendo livremente e imaginava que, quando aprendesse a andar, seria feliz e realizado.
Na infância, observava seus colegas com jogos novos e pensava que a felicidade viria quando ele ganhasse o melhor videogame ou os brinquedos mais legais.
Na pré-adolescência, Euclides passou a acreditar que, quando se tornasse o melhor jogador de futebol, sua vida estaria feita. Quando fosse o mais popular, com mais amigos que qualquer outro, aí sim estaria realizado.
Já na adolescência, o desejo mudou: encontrar uma namorada parecia ser a chave da felicidade. Ele estava convencido de que quando tivesse o amor, estaria completo.
Na juventude, Euclides sonhava que, quando passasse no vestibular de Medicina e conseguisse um emprego de prestígio, finalmente encontraria a felicidade.
Na vida adulta, tinha certeza que quando estivesse muito rico e comprasse um carro de luxo, uma mansão, ou alcançasse fama e reconhecimento seria o ápice da paz e felicidade. “Só mais isso, aí sim serei completamente feliz”, dizia a si mesmo.
Mas o tempo passou. Quando a morte bateu à sua porta, ele percebeu que o "quando" havia acabado. Não havia mais promessas no futuro. Então, olhando para trás, tentou entender onde estava a felicidade que sempre buscou. E foi no último suspiro que compreendeu: o segredo da vida não está nas conquistas e nem em alcançar uma linha de chegada, mas sim em aproveitar cada passo da jornada.