PURGA, NOTÓRIO

Da poita ao Apocalipse

Salpicai-vos lêndeas

A esmo, ao mesmo.

Gosto abdicado de perdão

Minha ode oblíqua e tênue

Não empolga os Dois Irmãos

Ativa catre entre páprica e sangue.

Entumece, grita no regulador

Sem dirigir a cena

Nem erigir a pena.

A vida rasga, almiscarada

E de velha se mostra

Atolai as rotas rodas dum losango!

Inculto e sem escrúpulo.

A me ceifar no sol carioca

Libertas que a vida muge

E ressurge ao pôr do ego

No verdadeiro inferno.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 03/10/2024
Código do texto: T8165879
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