Doce amargo
O cheiro doce de infância, a mais amável lembrança, com o seco dos lábios. Seu pescoço largo, com cheiro fixado, deixou marcas em meu casaco.
Tão amargo, com um sorriso excitante. Os dentes largos me fizeram sentir amargo, o amargo da imensidão da tarde, que em pouco traz consigo o abismo da noite.
E, na noite em que me ama, apanha o desejo que alarma, me derrama lágrima tarda, que persiste na pele, pela madrugada. E, na manhã em que me amou, fui embora de casa.