Comunhão com uma coruja
Na calada da noite, sob o manto da lua,
Encontro uma coruja, sábia e serena,
Seus olhos são faróis na penumbra nua,
E em sua presença, a alma se envenena.
"Olá, guardiã do silêncio profundo,"
Digo com respeito, sentindo a conexão.
Ela balança a cabeça, como quem é do mundo,
E me ensina o valor da introspecção.
"Eu sou a noite", ela começa a contar,
"Sou os segredos que o dia não vê.
Em cada sombra que dança no ar,
Há histórias de vida que você pode ler."
Sento ao seu lado, em paz e em calma,
A brisa suave traz murmúrios de estrelas.
E ao ouvir sua voz que acalma minha alma,
Percebo que somos mais do que meras células.
"Eu sou a sabedoria dos ancestrais,"
Continua a coruja com olhar profundo.
"Escute as vozes que ecoam nos lares,
Elas revelam verdades sobre o mundo."
Compreendo então a beleza do instante,
A união que surge entre nós duas ali.
Ela me mostra que o amor é constante,
E que na escuridão, podemos nos redescobrir.
E ao voar juntas sob o céu estrelado,
Sinto uma força que nunca se apaga.
Eu e a coruja em um laço sagrado,
Uma dança eterna que à vida se entrega.
Assim seguimos na noite encantada,
Unidas em sabedoria e amor sem fim.
Eu e a coruja em jornada iluminada,
Descobrindo os mistérios que há dentro de mim.