Amores normais sem substrato
Eu até podia estar lá fora, mas acato a disciplina de criaturas mais evolutivas, que aprenderam que o amor é um cão dos diabos que se desfaz na primeira nevoa da manhã.
Talvez esse tal amor notório e insigne esteja em não faltar um pingo de água turva nas torneiras oxidadas, para encher o imaculado copo e saciar a sede do corpo.
Não traga amores obcecados que se aclimatou em aceitar cordas em pescoços,
Sigo a trilha das águas no corte profundo da várzea, onde sangram pingos inodoros, insípidos e transparentes, como aquele rosto enraizado que se tornou ausente.
Talvez esse tal amor desista desse desarranjo abissal social e perdure naquela foto onde ainda existia uma vista panorâmica de mim mesmo.
Não traga amores normais sem substrato, no simples consumo de um profundo trato, onde no final tudo vira apenas um relato.