Olhar de poeta

 

 

 

Quantas vezes em seus devaneios, o poeta caminha com um amor só seu, e pelos cantos vai falando sozinho, voa em desiludidos versos, segue com os ventos... quando é noite pede aos céus para ao seu amor se entregar, vê ao despertar que ainda mais perdido está. A noite não apaga ou acalma seus desejos que não adormecem, enquanto outros desejos não ousa contar... Suspira, reveste sua alma de realidade, apura os ouvidos atento ao barulho vindo das ondas do mar, em seu mundo paralelo, tenta encontrar os próprios pés, as suas asas por hora não vai atiçar. 

 

Os seus pensamentos não são superficiais, mas foge à dura realidade do mundo, qualquer coisa por dentro o seu  coração toca, porém do seu mar de ilusão ele precisa fugir, quando aos seus devaneios retornar, terá como testemunha às suas loucuras somente a lua, a única musa que ele pode abraçar, ela, confidente companheira, tudo sabe sobre um sonhador, e quantas vezes ela lhe pede em sua ânsia, para ele respirar.

 

E ela lhe diz _ Tenha calma, porque tudo passa, a vida é essa mistura de anseios e sentimentos, a saudade, o medo, vai e depois volta na mesma dimensão, aprenda a viver, antes que toda a beleza que o seu olhar de poeta alcance acabe, não deixe o mundo engolir a sua alma, cuide de você.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 26/09/2024
Código do texto: T8160639
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