Do luto à eternidade

Quantos lutos terei que viver?

Quem dera fosse a morte rasa,

Que apaga tudo em meu ser!

Quem dera fosse apenas a falta física!

 

Vivo cada amor que perdura,

Que me obriga a reinventar um novo futuro,

Sem a lembrança que me corrói,

Que me remete à dor.

 

Hoje tenho a certeza da minha dor;

Ela é algo de quem se permitiu amar,

De quem se permitiu ser amado.

O amor será sempre o grande trunfo,

A necessidade que nos imortaliza em forma de lembrança.

 

Então me pego a toda hora pensando:

Como seria nesse momento ao lado da amada?

Mas hoje ela é pura lembrança,

Uma eternidade em forma de lembrança.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 26/09/2024
Código do texto: T8160609
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