Enluarada de Auroras
E quem disse que quero me (des)inventar? Deixar de orvalhar sonhos, de aprender com a compassividade irosa que me foi dada ou calar a minha voz no silêncio da (in)reciprocidade, no fim do nada que tenho, do chegar do (a)colhimento... Tenho em meus pra dentro um refúgio, que me guarda relicário enquanto vivo, enquanto não poderia morrer, enquanto durmo na (in)certeza da lua, no assovio do vento que balança a ramagem, que movimenta sombras na terra e, enluarado de auroras, inaugura o sorriso que amas em mim...