Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual 41
E, depois, onde gostaria de obter apoio, amparo? Que instrumento a mais, teria necessidade de ter em mãos para realizar o "a que veio"? A escrita.
Não tem algo mais natural em mim que realizo, do que o ato da escrita, quando estou para ela.
Lembro de Vovô Zézinho Anaga, que dizia: " traia o mundo inteiro, menos sua consciência "
Inteligência artificial? Aplicativos de apoio para compor narrativas?
Ah!! Não é negativismo? É escolha.
Quando escrevo, sou eu e Eu. Entende?
Utilizo, sim, da informação disponível na internet, assisto vídeos das palestras, os livros, físicos e digitais, me valho dos pensamentos de sábios atuais e antigos, que vez ou outra petisco via tecnologia, que me dão combustível para manter-me no voo criativo.
Contudo, quando na escrita, o que tenho como apoio é o Ser que porto, intrépido, que dá asas ao meu dedo na tela do ifone, ou do notebook, que passa a digitar as palavras ditadas pela Mente Superior que me toma, e realiza o serviço.
É o que basta.
Os epifenômenos oferecidos pela contemporaneidade, a tecnologia da informação, em especial, a Inteligência Artificial, para os homens e mulheres do mundo das artes, da Cultura, que oferecem dados, informação, moldes, formatações, modelos, estéticas, conteúdos e formas, etc, à civilização, um referencial para o auxílio da tomada dos rumos ditados para o novo tempo, ainda me arrefecem os ânimos para estar com eles quando escrevo.
Antes de me utilizar dos dados armazenados nos campos de dados dos computadores e redes de computação do mundo para a estruturação da escrita, precisarei criar raízes em mim, reconectar com o Reino de Deus em meu interior, pela via do Coração de M'Alma, para daí, junto da Fonte Divina, pilotar a vida que Deus me deu para viver com maestria, e independência, bio-psico-social.
Um dia, quem sabe, estarei maestrina da minha própria vida, em Deus, sem estar atada aos nós profundos do ego que me representa, sem estar exposta à cair na arapuca, na escuridão da visão interior.
Daí, a utilização plena de tudo que a tecnologia oferecer quem sabe se consumará, se ainda estiver nesta existência em vida, e atuando no serviço da escrita.
Sei que estou no caminho, não me sinto mais vagueando no mundo, mesmo experimentada nas adversidades da vida, caindo e levantando na prática dos velhos erros no ego, praticados na cegueira da visão interior.
Não me vejo só diariamente pastoreando meus pensamentos, como era antes, andando sem destino neste mundo com a Cartilha do dever ser às mãos fechada, como uma desistente.
Tenho tido instantes que a mente e os pensamentos são tratados pelo coração, lugar do Reino de Deus em nós.
Consigo aquietar-me. A sabedoria e a compreensão me visita, trazendo alguns sentidos e significados, metamorfoseando os pensamentos nocivos, os cruéis, os perversos, os lógicos, e até os exatos, que a Lei da Terra garante e protege.
Como papel machê, tornam-os diminutos e insignificantes.
Comecei a ter um caminho interno disponível a mim, quando estou no silêncio meditativo, que de tempo em tempo percorro nele em direção ao interior do ser.
Chego na Casa, sou recebida por um sentimento sublime de pertencimento.
É graça.
Sou acolhida por um quê que só me leva a expressar o sentimento de um Amor maior do que tudo.