"Jardins da Alma"

"Jardins da Alma"

Nunca se tratou das flores; nunca foi. Trata-se dos olhos que nos conduzem por labirintos ocultos da alma, revelando jardins onde antes havia deserto. É sobre aqueles que, em meio ao caos da vida, nos ensinam a descobrir a beleza do efêmero, a ouvir a melodia suave que se esconde no silêncio das horas que escorrem.

As flores são meros reflexos, sombras de algo mais profundo, daquele que toca nosso coração com gestos invisíveis, convocando-nos a caminhar entre cores e perfumes que só a alma consegue sentir. Não é o jardim que importa; é o coração que se atreve a vê-lo. É aquele que transforma o banal em poesia, semeando luz onde antes havia escuridão, e nos faz crer que, mesmo no inverno mais rigoroso, há sempre uma primavera escondida, aguardando o momento de se revelar.

Não se trata das flores que colhemos, mas de quem nos faz florescer por dentro, desvelando a plenitude que já existe em nós.

Rô Montano___________ ✍

Rô Montano
Enviado por Rô Montano em 23/09/2024
Código do texto: T8158302
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