Talvez por isso eu seja assim... assim... como você quiser pensar... Prefiro não tentar me definir, porque são os outros que me olham. Sei que estou liberta de meus próprios preconceitos sobre quem sou... Eu lutei tanto para não ser essa pessoa que escreve, que nasceu pavernu de palavras, mas que as foi criando e bordando seu próprio dicionário de vozes... Tenho tantas que não me reconheço mais em algumas delas. Sim, venci meus abismos, embora minhas xícaras ainda sejam formadas por canyons profundos e indecifráveis. Nunca fui aquela menina que jamais abriu um livro ou olhou para um quadro. Escrevia meus próprios diários e desenhava no ar com dedos de cinzel criando meu próprio mundo, à margem da sociedade, enxergando a vida de outra forma e seguindo meu caminho de palavras... como um rio que flui de maneira imprevisível, sempre encontrando novos caminhos...