Sei que também guardo meus mistérios. Que carrego uma mente intensa e profunda de pessoa que escreve, desalinhada dos conformes da sociedade. Sei que me alinho aos artistas, aos músicos, aos olhares desconhecidos e desabitados de desejos de se amalgamarem à qualquer estrutura social.  Por isso, meu jeito esquisito, minhas lacunas e espaços em branco de mulher perdida em palavras. Danço às orquestras que dedilham Tchaikovsky em meus pra dentro, que declamam Shakespeare, ou leem The Culprit Fay no amanhecer. Talvez eu seja essa pessoa estranha (que todos olham espantados), ambígua, retraída, com fragmentos, segredos e enigmas profundos que ninguém sabe no fundo de meu passado, meu presente e minha mente que só se revela e se despe de sua timidez em palavras...