Quem sou

A vida é surpreendente,

Às vezes, promovendo algumas reviravoltas.

Como águas que se movimentam, engrenagens,

Trazendo à tona antigos sentimentos.

Um flash back,

Uma lufada de ar.

De repente, você,

Não sei quem tu és.

Novamente no meio do caminho,

Talvez um mero estranho -

No meio da rua.

Não tem problema.

O que importa é saber quem eu sou,

Depois de anos,

Não mais aquela pessoa frágil.

O ser humano que me tornei,

Forte e decidida -

Atravessando as agruras da vida.

Mas nem, por isso, amargurada.

E, sim, transmutada –

Em um ser de luz.

Observando -

Acolhendo o bem,

Amparada pela ancestralidade.

Ao meu modo vivenciando a felicidade,

Cultivando-a em retalhos de papéis.

Indecifráveis rascunhos –

Desenvolvendo a vivência.

Vestindo-me de resiliência,

Ajudando a quem for necessário.

Quantas vezes,

Atravessei a correnteza de rios,

Para escapar das tempestades?

Transmutando-as em armaduras,

Para não transparecer o medo.

E, hoje o que aqui mora,

Em meio à terceira dimensão.

Por que não tanta loucura?

A defesa foi sempre me manter em pé,

Mesmo desejando desmoronar.

Quem foi que disse que nunca cai?

Confesso que sim!

Mas também me reergui,

Quase me faltando o ar.

No último milésimo,

Demonstrando ao contrário.

Do que muitos imaginavam, não!

Sou eterna –

Sou efêmera -

Repleta de energia positiva,

Mas também de sombras.

Em forma de cicatrizes,

Para lembrar de dias cinzentos.

Transformando-os em aprendizado,

Assumo todas as culpas e diretrizes.

Em busca da iluminação,

E quem sabe, alcançar a ascensão.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 21/09/2024
Código do texto: T8156782
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