Relativa verdade

Caminhamos perdidos,

Sem rumo.

Coração fora do prumo,

Umbral a céu aberto,

Na densidade cognitiva.

Nuvem de poeira,

Desmantelo de sangue e pó.

Testemunhas de morte – A dor.

Atmosfera cinzenta,

Cheirando a fumaça.

No fundo, qual é a graça?

Esta é a realidade,

Em pleno século XXI.

O ser humano brinca com a verdade,

Indispõe-se com a felicidade.

Forjando subterfúgios,

A ilusão como refúgio.

Ou válvula de escape qualquer,

Deliberando falso prazer.

Aos perigos do álcool,

Deixando-os à mercê.

O tempo é relativo,

Como areia escorrendo das mãos.

No futuro distante,

Amargurado retrocesso.

Dando-se conta da cobrança, o processo.

Momentos e vidas,

Que não voltam atrás.

A terceira dimensão,

Impondo o seu valor,

O peito despedaçado, o rancor.

Não vivemos pelo passado,

Ao instante presente, pecado.

Destruindo alicerces,

Desperdiçando sonhos.

Antiga canção,

Em versos que componho.

Observando o mágico portal,

Que nos levará ao velho mundo.

De vícios inimagináveis,

Mudança de rota.

Outra trajetória,

Será possível?

Para o desenvolvimento,

Recriar translúcido movimento.

Ascensão da conscientização,

Onde a proteção da Natureza.

Seja algo notório,

Com exuberante beleza.

A vida na Terra,

Deve fluir como a correnteza,

De um rio.

Exalando serenidade,

Desfazendo o desmantelo da guerra.

Propiciando o bem estar,

De modo apraz.

Transmutando a turbulência,

Em efeito satisfatório –

A paz!

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 21/09/2024
Código do texto: T8156664
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