Sob a sombra da entropia
Eu existo, mas não compreendo.
O céu, outrora estrelado, é agora um vazio desolador. Percebo a verdade contida em cada osso: o universo não nos olha, nem nos reconhece - somos ecos de poeira, fragmentos da indiferença cósmica.
Sob a sombra da entropia, não há propósito. Apenas a lenta dissolução.
E no silêncio sepulcral entre os batimentos do meu coração cansado, eu escuto. Não há deuses, só forças antigas e cegas, insensíveis ao desespero. E à medida que o caos engole tudo, uma certeza emerge: a insignificância é a nossa única companhia.