Mar Intelectual

Queria manter abertos também os olhos da alma. Para além deste vislumbre de sombras e fagulhas que perpassam a persiana da janela. Abandonar-me ao Mar que arde intelectualidades. Onde o imprevisível chameia a coragem de não fazer nada. De deixar-se levar, apenas uma vez, uma vez só... um só minuto, num Nada pleno... silêncio visceral... psiiiu... silêncio... Pare... escute... para sentir forte o coração pulsando, e ouvir seu som... o pulsar do sangue na veia da vida... tum... tum... o eco profundo do amor de raízes que vive em mim... no meu ciborgado peito..

Pensativa, na solidão e silêncio da madrugada