"O Sopro Divino do Recomeço"
"O Sopro Divino do Recomeço"
Em nossa essência, ansiamos por algo que transcenda o ordinário, que ilumine os cantos mais obscuros da existência. Cada amanhecer é um sussurro divino, uma dádiva silenciosa que traz consigo a promessa de um recomeço, um gesto de amor infinito que se renova a cada dia.
Talvez porque, no âmago da existência, buscamos algo que vá além do que os olhos podem ver, uma razão mais profunda que preencha os vazios do espírito. A alvorada é uma bênção silenciosa, um dom que se repete com delicada constância, e, nesse simples ato de acordar, está o reflexo de um amor que não conhece limites. Cada manhã se revela como uma página em branco, onde Deus, com ternura, escreve a possibilidade de recomeço.
Esse amor não se impõe, mas flui como a brisa, suave e persistente, tocando as partes mais íntimas da nossa essência. Ele está presente nas menores coisas: no canto dos pássaros, na dança das folhas ao vento, no primeiro raio de sol que atravessa a madrugada. É o amor que sustenta as estações e governa o universo e, no entanto, é tão próximo, tão humano, que nos envolve em seu calor, mesmo nos dias de maior escuridão.
Sentir esse amor é permitir-se ser parte da imensidão, é ouvir a voz que sussurra nas profundezas de nossa alma, dizendo que, apesar de tudo, somos amados. E, nesse amor, há força e vida. A cada manhã, Ele nos recorda de que o tempo é um presente, de que em cada segundo existe a chance de renovar o espírito, de abraçar o que nos é dado com gratidão.
No toque de Deus sobre a vida está a promessa de que nunca estamos sozinhos. Seu amor é o alicerce invisível que nos sustenta, mesmo quando não o percebemos. E assim, entre os silêncios e os dias que passam, Ele, amoroso e paciente, nos oferece a dádiva de existir, de persistir e, sobretudo, de amar.
Rô Montano___________ ✍