"Amor em Todas as Estações"

É assim que sei te amar, em todas as estações, como quem compreende os segredos da natureza, fluindo com a sabedoria do tempo. No verão, te amo com a intensidade silenciosa do sol, que tudo ilumina sem exigir retorno. O calor dos teus gestos é como a luz que permeia minha existência, acendendo dentro de mim uma chama que arde sem se consumir.

Quando o outono chega, te amo na leveza das folhas que dançam ao vento, aceitando com graça a transição do que se vai para dar lugar ao novo. Há encanto nas mudanças, nos silêncios que caem entre nós, como se cada folha que despenca fosse um suspiro de saudade pelo que ainda está por vir. Teu nome ecoa nas brisas que me envolvem, e é nele que encontro a poesia que me faz viver.

No inverno, o amor se faz abrigo. Te amo na quietude das noites longas, onde o frio nos cerca, mas teu abraço me resguarda da solidão. É no escuro dessas horas que descubro a profundidade do que sinto, como quem vê nas sombras a delicada beleza das estrelas que cintilam à distância. O amor floresce nas incertezas, nos gestos pequenos, no calor que persiste, mesmo quando o mundo adormece.

E, na primavera, te amo como o desabrochar de cada flor, uma explosão de cores que rompe o silêncio e traz consigo a promessa de renascimento. É nas pequenas coisas que vejo o milagre do nosso amor: no orvalho sobre as pétalas, no canto dos pássaros que saudam o novo dia. Tudo em mim floresce ao teu lado, e cada instante é uma nova descoberta, um novo início.

Te amo, assim, em todas as estações, como quem entende que o amor é feito de ciclos: sempre renascendo, sempre mudando, mas sempre presente, como a própria natureza. Em ti, encontro o verão, o outono, o inverno e a primavera da minha alma.

Rô Montano___________ ✍