DA PERIFERIA DE TUDO

Pois permanecia aonde fora propositalmente disposto. Sempre e desde sempre longe da calmaria central dos furacões transitava, orbitava em trajetória supersônica ao redor do buraco negro, que por sua vez arrastava sua galáxia, seu universo, para os confins do esquecimento.

De lá apenas um único privilégio lhe cabia… a visão! Uma panorâmica vasta dos fatos e dos “fótons” que acendiam antes de morrem!

Servia assim condicionado quanto mais era arremessado aos fragmentos cada vez mais distante daquele horizonte de eventos.

Não sabia aquela força centrifuga que assim o faria como onda, convertida em uma das últimas partículas a sucumbir?