Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual39

Swami Vivekananda diz que o ego é um péssimo senhor, mas é um servo maravilhoso.

Pensando neste sentido, se soubermos aproveitá-lo, muito nos ajudará.

O ego, este que vive aderido a nós, enganando-nos diariamente, passando como sendo nós, que na verdade não passa da condição de gestor do nosso interior, servo do Eu Superior, Atman, Deus, que habita na nossa intuição, em nosso interior, lugar onde nossa Alma atua, que manda os comandos, impulsos para ele atuar, no silêncio do coração da Alma.

Não queiram dizer que escrevo bobeira quando entro neste assunto, é só conferir, está grudado em nosso ser como sanguessuga. O ego.

Tem nome, RG, cpf, cartão de crédito, conta em banco, casa, carro e apartamento, até conta para pagar.

Sim! Tem um corpo físico que nos identifica no fragmento, deita e levanta todos os dias, cumpre fielmente uma ou outra cartilha, aquela direcionada aos homens e as mulheres boas, e aquel'outra, observada pelos homens e mulheres maus da sociedade.

Para o terceiro grupo de pessoas, que vivem no meio do muro, que acende uma vela para Deus, e outro para as trevas, entre o ser ético e o antiético, usam as duas cartilhas, fazendo, ora bondades, ora maldades.

Como cavalheiro que carrega dois cavalos, não cavaleiro, quando em ação, na bondade, ou maldade, vivem arrastando um ou outro cavalo atrás, junto com o da ocasião.

Dependendo das circunstâncias, chegam a carregar os dois cavalos nos braços, que de tão cansados de serem usados, chegam ao final do dia prostrados.

É triste a condição interna neste contexto, vivem as Almas um adoecimento sem causa, que nomeamos de tristeza, exaustão , angústia de toda sorte.

Mesmo aos homens altruístas, que passam a vida observando a cartilha do bem, dizem alguns da Sabedoria antiga, aos coxixos, que, se atuarem sem estarem despertos para realizarem suas ações, dentro do contexto, harmonia-convêniência-oportunidade, chegarão ao final dos seus dias exauridos, esgotados pelo simples fato de servir a Grande Obra sem lastro no sentido para estarem vivos, do porquê, para quê, onde, quando, e em qual lugar deveriam realmente estar, cujas respostas são trazidas pelo campo intuitivo, coração da Alma.

Todas estas observações que faço neste prosear, passam servir como arrazoado frente as confissões que externo.

Balizo minhas reflexões mais íntimas, concateno-as de forma notória, a qual deverei ponderar para continuar no caminho do aprendiz espiritual.

Para quê, para quem, onde, em que setor da Grande Obra devo atuar? Qual a função principal devo exercer? e as menores? Isto muda? dependendo das circunstâncias? Estou disposta a aprender com a Lei do silêncio, não agindo, agindo?Até quando deverei agir no mundo? Qual o limite? Quem sou? Este corpo que me representa? Até quando estarei exposta à prática do auto engano de quem sou? Sou isto? Ou não?

Estas confissões, não passam de um proseado poético amadorista? Ou não?

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Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 11/09/2024
Reeditado em 11/09/2024
Código do texto: T8149238
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